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ÍASE, OSE, IOSE: PEDIMOS SOCORRO

17.05.2015 | Gerais

Vicente Amato Neto
Jacyr Pasternak

Somos médicos com especialização em clínica de doenças infecciosas e parasitárias. Comumente, escrevemos artigos científicos, preparamos livros e redigimos pareceres, crônicas, contos e textos para diferentes tipos de publicações. Nessas atividades, mencionamos denominações de protozoários e vermes constatando a diversidade das maneiras de escrevê-los. Não se trata de citação de gênero e espécie em latim; isso não causa desconforto, pois deve respeitar normas específicas, ditadas pela nomenclatura biológica. Todavia, devemos fazer referências a nomes empregados como menções aportuguesadas, mais adequadas em determinadas redações. Aí vem nossa incerteza. 

A seguir, estão vários exemplos. Amebíase, amebose, amebiose; ancilostomíase, ancilostomose, ancilostomiose; ascaridíase, ascaridose, ascaridiose; ciclosporidíase, ciclosporidose, ciclosporodiose; giardíase, giardose, giardiose; esquistossomíase, esquistossomose, esquistossomiose; oxiuríase, oxiurose, oxiurodiose; tricomoníase, tricomonose, tricomonodiose; tricuríase, tricurose, tricuriose; 

Esses modos estão sempre em cena, escritos ou falados. Uns, sem dúvida, com maior frequência, em virtude de costumes ou de predileções pessoais, sem justificativa baseada em rigor. Muitos que as redigem julgam estarem certos. 

Talvez esse assunto não motive interesse. É, inclusive, interpretado como curiosidade. Porém, não tem sentido esquecê-lo, porquanto está no contexto de costumeiras tarefas, estritamente científicas ou não, e nelas impõe-se agir esmeradamente. Personalismos, preferências aleatórias, hábitos e desconhecimentos não cabem no respeito à correção. 

Aqui, no Brasil, contamos com excelentes dicionários e orientações bem cuidadas, graças a competentes profissionais. Assim, valeria a pena que situações muito utilizadas não ficassem sem indicação da melhor conduta nessa matéria. Convém, então, que nossos prestimosos cultivadores da redação e da gramática ajudassem a propósito desse tema. Ficaremos rigorosamente apoiados.  

Vicente Amato Neto e Jacyr Pasternak 

Médicos e professores universitários