Da “Passagem do bastão”
Assim, com a posse solene da novel Acadêmica, Marilene Rezende Melo, encerrava-se a reorganização básica da Academia de Medicina de São Paulo.
Marilene Rezende Melo
Fonte: Acervo do autor.Foto: Osmar Bustos
Era preciso “passar o bastão” para alguém que pudesse solidificar a reforma empreendida, e essa missão foi dada às mãos de Yvonne Capuano.
Em verdade, foi gestão de cizânia de toda a ordem, ou seja, em vez da necessária união entre os membros de Diretoria, todos em prol de um mesmo ideal – o de elevar ao mais alto grau a Academia de Medicina de São Paulo, preencher as cadeiras vacantes e elaborar o Regimento Interno –, o que de fato ocorreu foram desavenças inconcebíveis para uma entidade que praticamente acabara de se reestruturar.
Porém, em sua gestão, houve três pontos altos: eleição sequencial à titularidade dos ilustres médicos José Vicente Barbosa Corrêa e Wilson Andreoni e, por último, a criação do Boletim Asclépio, por esforço e dedicação do Acadêmico Affonso Renato Meira.
A parte tais grandezas, o fato é que o resultado da gestão de Yvonne Capuano (2009-2010) foi que, ao final de seu mandato, houve disputa para eleição de Diretoria, o que não acontecera nem nos momentos mais tensos de sua história. Formaram-se duas chapas. Uma encabeçada por ela mesma; a outra, por Affonso Renato Meira.
José Vicente Barbosa CorrêaFonte: Acervo do autor.Foto: Osmar Bustos | Wilson AndreoniFonte: Acervo da Academia de Medicina | Affonso Renato MeiraFonte: Acervo do autor. Foto: Luigi Beneduci |
Comemoração do 117o ano da fundação da Academia de Medicina
Fonte: Acervo do autor. Foto: Jesus Carlos de Lucena
Venceu a chapa de Affonso Meira (2011-2012), que para logo imprimiu ritmo do mais alto gabarito, a levar a cabo o Regimento Interno e, de modo especial, coordenando o coroamento final da reforma iniciada em 7 de março de 2003, a promover a linda festa na Sala São Paulo, em 7 de março de 2012, quando comemorou-se os 117º anos da fundação da Academia de Medicina e a posse de vinte e sete novos Acadêmicos, que passaram pelo rigoroso processo estatutário de eleição (quatorze cadeiras que ficaram vagas desde a inicial reorganização, acrescidas de treze que se abriram por falecimento de Membros Titulares). Esse momento fez com que a centenária Academia de Medicina pudesse se ufanar de se encontrar em mais um instante elevado de sua história, organizada e plena, em um dos lugares mais bonitos do Brasil, a Sala São Paulo, com todas as cadeiras devidamente preenchidas e acompanhada das mais importantes entidades médicas paulistas e brasileiras, representadas por seus digníssimos Presidentes. Foi o quarto passo, festa da Medicina, gestão e mérito de Affonso Renato Meira (2011-2012).
Comemoração do 117o ano da fundação da Academia de Medicina
Fonte: Acervo do autor. Foto: Jesus Carlos de Lucena
Nesses breves-longos anos de trabalho para a reorganização da Academia, muitas pessoas contribuíram direta e indiretamente. Porém, isso não teria acontecido se não fossem, desde o início, os esforços e as lutas sem quartéis de alguns poucos Acadêmicos, aos quais este livro rende homenagens: Celso Carlos de Campos Guerra, Samoel Atlas e José Pompeu Tomanik in memorian, Guido Arturo Palomba, Rui Telles Pereira, José Roberto de Souza Baratella, Luiz Celso Mattosinho França, Luiz Fernando Pinheiro Franco, José Luiz Gomes do Amaral e Affonso Renato Meira.
Celso Carlos de Campos Guerra
Fonte: Disponível em: <https://www.academiamedicina saopaulo.org.br/biografias/34/BIOGRAFIA-CELSO-CARLOS-DE-CAMPOS-GUERRA.pdf>. Acesso em: 29 de agosto de 2012
José Pompeu Tomanik
Fonte: Acervo do autor
Na linda solenidade de 7 de março de 2012, deu-se por atingido o escopo iniciado exatamente 9 anos antes, que visou à preservação do sonho imorredouro de seus criadores.
Assim, a Academia de Medicina de São Paulo, agremiação médica mais antiga do Estado, com seu brasão em perfeito lustro e conhecendo três distintos séculos (século XIX, fundação; século XX, o passado; século XXI, o presente), está totalmente pronta e preparada para receber as novas centúrias que hão de vir.
Rui Telles Pereira
Fonte: Acervo do autor.Foto: Fotógrafo do Cremesp
José Roberto de Souza Baratella
Fonte: Acervo da Academia de Medicina
José Luiz Gomes do Amaral
Fonte: Acervo do autor.Foto: Osmar Bustos