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Biografia

Odon Ramos Maranhão

Odon Ramos Maranhão nasceu em 23 de março de 1924, na cidade de São Paulo. Era filho de Odon Cavalcanti Maranhão e de Pacífica Ramos. Teve um irmão chamado Dalton Ramos Maranhão. 

Graduou-se na 36ª turma da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em 1953. 

Fez parte da primeira congregação de professores do Seminário Presbiteriano Conservador, fundado em Antonina (PR), em 1953. Aí também foi nomeado orientador educacional. Atuou ao lado de Flamínio Fávero como um dos redatores do periódico “O Presbiteriano Conservador”. 

Odon Ramos Maranhão dedicou-se à psiquiatria, psicologia e à carreira universitária, tanto na FMUSP quanto na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Na FMUSP foi discípulo e sucessor do professor Flamínio Fávero na cátedra de medicina legal. Por sua vez, no Departamento de Medicina Forense e Criminologia da tradicional Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo galgou a condição de livre-docente (5/12/1963); professor adjunto (28/8/1973); e professor titular (1981) de medicina legal. 

De acordo com Guido Arturo Palomba ele foi também professor de medicina legal da Universidade Mackenzie (1968-1970) e das Faculdades Metropolitanas Unidas (1972-1985). 

Odon Ramos Maranhão por ocasião de sua graduação em medicina. 

Odon Ramos Maranhão também atuou como perito da Justiça e foi um magistral parecerista, visto que dominava também o direito, formulando várias perícias que marcaram época em sua área de atuação. 

Era de personalidade marcante. Foi um educador excepcional e um exemplar pai de família, estando sempre preocupado com os valores éticos, morais e religiosos. Jamais deixava de dar uma palavra de estímulo, encorajamento, orientação e esclarecimento para os que o procuravam, fornecendo soluções simples e sempre objetivas. 

Ministrou aulas em diversos cursos e seminários de extensão universitária e escreveu inúmeros artigos em revistas especializadas em criminologia. Publicou os seguintes livros: Manual de Sexologia Médico-Legal (1972); Curso Básico de Medicina Legal (com diversas reedições: 1980, 1984, 1985, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998); e Psicologia do Crime (1981, 1985). 

Odon Ramos Maranhão foi membro do Conselho Penitenciário de São Paulo. Recebeu inúmeros prêmios conferidos por instituições especializadas na área de criminologia, tendo por mérito tanto o ineditismo quanto o valor de suas brilhantes contribuições na compreensão do criminoso e do crime. 

Ingressou como membro titular da Academia de Medicina de São Paulo em 4 de março de 1969. Foi o 74º presidente, exercendo um mandato bienal entre 1985-1986. Permaneceu como membro desse sodalício durante 26 anos! 

Ingressou também, em 14 de abril de 1982, como membro titular e o segundo ocupante da cadeira no 3 da Academia Paulista de Psicologia, sob a patronímica de Fernando de Azevedo . Exercia nesse sodalício a função de vice-presidente por ocasião de seu falecimento.  

Odon Ramos Maranhão foi casado com Zélia Fávero Maranhão. Faleceu em 20 de novembro de 1995, contando com 71 anos. Seu nome é honrado como patrono da cadeira nº 31 da Academia Nacional de Medicina Legal, assim como dá nome à Penitenciária do município de Iperó, no interior Paulista, denominada de Penitenciária “Odon Ramos Maranhão”. 

NOTAS:

Esta biografia é uma autoria do Acad. Helio Begliomini, Titular e Emérito da cadeira nº 21 da Academia de Medicina de São Paulo sob o patrono de Benedicto Augusto de Freitas Montenegro.

A foto inicial e parte das informações aqui consignadas foram gentilmente fornecidas do acervo da Academia Paulista de Psicologia pelos acadêmicos Carlos Rolim Affonso e Aidyl PérezRamos. 

Flamínio Fávero foi presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo, durante um mandato anual entre 1937-1938 e é o patrono da cadeira nº  10 desse sodalício. 

Com a organização da Igreja Presbiteriana Conservadora de São Paulo, aos 11 de fevereiro de 1940, foi fundado o boletim “O Presbiteriano Conservador”, cujo primeiro número foi publicado aos 28 de março daquele ano. Esse periódico passou a ser o órgão da Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil. 

Guido Arturo Palomba foi presidente da Academia de Medicina de São Paulo durante dois mandatos bienais entre 2003-2004 e 2007-2008, e é membro titular e emérito da cadeira nº 1 desse sodalício. 

Livro “Dicionário Biográfico da Psiquiatria e da Psicologia”. Editora Juarez de Oliveira, São Paulo, 2009, página 175. 

Foi precedido nessa cadeira pelo acadêmico Cícero Cristiano de Souza (1914-1980) e sucedido pelo acadêmico Carlos Rolim Affonso.