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A Escola Paulista de Medicina (EPM) voltou, por Acad. Jorge Michalany

17.11.2011 | Tertúlias

A EPM foi fundada em 1933 como escola particular, e sua grandeza se deveu mais aos professores e médicos por ela formados do que à majestade do edifício sede. Esse edifício aqui representado na imagem acima, foi sua 1ª sede, situado na Rua Coronel Oscar Porto, por coincidência na mesma rua em que resido até hoje.
Ela foi fundada porque, durante a Revolução Paulista Constitucionalista, havia falta de médicos para atender aos soldados e voluntários do conflito. Naquela ocasião, só existia, com um número pequeno de vagas, a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje Faculdade de Medicina da USP. Devido ao desejo de muitos estudantes quererem seguir medicina, a única maneira era irem para Curitiba, Rio de Janeiro ou Salvador, onde existiam faculdades na área médica.
A EPM, por sua eficiência, devida a dedicação dos professores e dos alunos, suplantou a fama de Faculdade Oficial, porque tinha um excelente professor de Anatomia Patológica, Walter Büngeler, e também por já possuir seu próprio hospital de clínicas; ao passo que a Faculdade de Pinheiros usava a Santa Casa de São Paulo para os cursos de clínica.
Essa diferença resultou em comentários desagradáveis por alguns docentes e alunos de Pinheiros, alcunhando a EPM de “escolinha”.
Em 1954, a EPM, por falta de verbas, precisou ser federalizada e, só em 1994, passou a fazer parte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Nas fotos acima, estão o edifício da 1ª sede da EPM e o seu brasão, não mais com a sigla da Unifesp, que fora colocada por ocasião da mudança. Mas diante de muitos protestos e notadamente do Autor, voltou a ser chamada Escola Paulista de Medicina.